Todas as candidaturas à Câmara Municipal de Braga mencionam como sendo um dos seus
objetivos a valorização das Sete Fontes, designadamente, prevendo um Parque
Eco-Monumental. A conservação das Sete Fontes passou assim a ser um projeto
transversal a todas as forças políticas autárquicas.
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Podem assim os peticionários que lutaram pela classificação
das Sete Fontes descansar? Pode ser que sim? Pode ser que não. Em primeiro
lugar porque, por norma, em Portugal as promessas eleitorais não se cumprem e
os manifestos das candidaturas são atirados para o Arquivo Morto. Depois, porque sabemos de fonte oficial que o atual executivo
da Câmara Municipal de Braga mantém, nas reuniões da comissão de acompanhamento
da Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Braga, a proposta da criação de novas
ruas, nomeadamente da variante à EN 103, atravessando o Monumento Nacional, bem
como urbanizações no interior da Zona Especial de Proteção das Sete Fontes.
Relembramos ao futuro executivo
municipal e respetivo presidente, a quem os bracarenses irão delegar no próximo
domingo os destinos do território concelhio, que o Complexo das Sete Fontes é
Monumento Nacional, é património comum e constitui uma mais valia para o desenvolvimento
do concelho. Como tal, as opções para essa área deverão ter em vista o usufruto
comum, a melhoria da qualidade de vida, o Turismo e... resultar de debate
público, ouvindo os bracarenses.