Peticionários "Pela Salvaguarda das SETE FONTES"

Este blogue foi criado após o debate "E Depois da Petição?", realizado a 4 de Dezembro de 2010, no Instituto da Juventude, em Braga.
O Movimento de Cidadãos que promoveu a Petição apresentada na Assembleia da República em Maio de 2010, de que resultou uma Recomendação ao Governo tendo em vista a classificação das Sete Fontes bem como a definição da respectiva ZEP em Diário da República, organizou este espaço de divulgação tendo como meta a Salvaguarda do Complexo das SETE FONTES.

sábado, 16 de abril de 2011

"UM ABRAÇO PELAS SETE FONTES" ... as vivências.

DESDE JÁ UM MUITO OBRIGADO A TODOS AQUELES  QUE CONTRIBUIRAM PARA QUE ESTA TARDE FICASSE NA HISTÓRIA DE BRAGA.

A adesão de muitas centenas de pessoas (*) ao desafio "Um Abraço Pelas Sete Fontes" demonstra que os bracarenses estão vivos,  participativos e preocupados com o futura desta cidade que é sua, nossa e que deverá garantir a qualidade de vida às gerações vindouras. 
E como a água é garante de VIDA... cá estamos nós para a valorizar, proteger e defender  às  Mães-d`Água, respiros, condutas e aquedutos bem como a fauna e flora que dá vida ao espaço exterior.

É através da forma  como as pessoas reagem a estas pequenas iniciativas que se "mede" o espírito de cidadania e de intervervenção na comunidade onde vivem; foi esse espírito que prevaleceu na tarde do dia 16 de Abril e que ficará com certeza na memória de bracarenses das mais diversas idades que participaram no evento.

tertúlia, que contou com a participação de ilustres representantes de várias áreas do saber associadas à problemática do Complexo das Sete Fontes, foi um verdadeiro fórum de cidadania que permitiu ouvir pessoas interessadas na salvaguarda deste Complexo Monumental e recolher opiniões para a sua valorização. Levamos à prática um dos princípios elementares da AGENDA 21 Local ... contribuindo para a definição de estratégias sustentáveis de desenvolvimento da cidade.

PARTICIPAR ... foi o desafio colocado aos participantes. Relate o que sentiu na visita ao interior da Mãe-d`Água, o que descobriu e o que pensa sobre o futuro das SETE FONTES:

(*) - cerca de um milhar segundo os entendidos

5 comentários:

  1. A defesa das Sete Fontes é um imperativo cívico! É um acto de cidadania contra os abutres imobiliários que não hesitam em empanturrar-se com a delapidação de um dos mais emblemáticos sinais da harmonia e da convivência entre a Natureza e o Homem, na cidade de Braga.
    Chegará o dia em que esses garimpeiros do século XXI serão julgados pela vergonhosa destruição do legado dos nossos avós e da nossa História.

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  2. Foi uma tarde intensa, fantástica. Muitos disseram que não conheciam o lugar e ficaram definitivamente cativados pelo sítio. O Monumento Nacional Complexo das Sete Fontes está a cativar cada vez mais bracarenses e não bracarenses para a sua defesa e fruição plena.

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  3. Segundo relatos do meu pai, seria por volta de 1956, que eu, com cerca de 6 anos levada pelos meus progenitores fui conhecer o complexo das 7 Fontes.
    Durante estas décadas juntei à minha memória visual e auditiva tudo que as nossas vivências e imaginação acrescentam.
    Em casa, com frequência falamos às nossas filhas sobre esta grande herança e a obrigação e necessidade de conhecer/rever toda esta estrutura que com grande saber foi construída, realçando a especialização de uma evoluída engenharia hidráulica.
    Por sorte tivemos conhecimento, através do Diário do Minho de 16/4, da abertura do complexo aos cidadãos.
    Aí, por consulta através da internet tivemos dificuldade em localizar o início do complexo das sete fontes.
    Mãos à obra e metemo-nos a caminho, mas não foi assim tão fácil.
    Com alegria avistamos a 1ª fonte que contava já com a presença de responsáveis e cerca de um milhar de visitantes.
    Ao longo do percurso foi visível o interesse, a noção de responsabilidade, a perplexidade e alegria de todos os participantes.
    A água que ouvimos cantar naquelas galerias, misto de abundância, frescura e limpidez obrigou-nos a reflectir sobre o quanto nesta época temos permitido tanta irresponsabilidade reflectida numa sociedade com valores perdidos onde abunda o materialismo comungado por varias parcerias político-económicas com reflexos extremamente negativos para um futuro próximo, onde a água, de acordo com estudos científicos vai ser um bem escasso e, portanto, um capital a não desbaratar.
    O meio envolvente do complexo é de uma calma, paisagem, temperatura e vegetação, que temos obrigatoriamente que preservar. Paredes meias com o novo hospital, todo este espaço naturalmente dotado representa um PULMÃO, quer para o mesmo quer para a cidade.
    Foi uma tarde, para recordar parte da geografia e história da cidade, que não raras vezes tem sido barbaramente aniquiladas.
    Braga, ao contrário de outras cidades e até vilas (ex. Ponte de Lima) não tem um parque da cidade que privilegia a natureza com a fauna e flora genuínos cujos espaços são legal e amigavelmente transformados em betão.
    Aproveitemos o que a natureza nos dá e que foi enriquecida com o empenho e dedicação dos homens do princípio do séc. XVIII, reflectidos numa gestão de homens sabedores, responsáveis e isentos.
    Concluo, solicitando, que a autarquia de S. Victor através da respectiva Câmara (M. de Braga), providencie, desde já a sinalética precisa das SETE FONTES, logo a partir do centro da cidade e que, através de todas as Instituições (locais e nacionais) diligenciem pela protecção integral do património da cidade de Braga.

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  4. ...Até que, quando chegamos ao final do percurso, tudo isto se tornou secundário. Valeu mesmo a pena só por aquele momento em que vi a luz vinda do céu a conduzir a água. O sítio é todo ele espetacular. Nem sei como é possível ser bracarense há 31 anos e nunca ter conhecido as Sete Fontes. É uma zona em bruto, não protegida e desvalorizada. O meu sangue bracarense empalideceu quando percebeu o que realmente se passa. Não vamos permitir que nos vejam a nós, bracarenses, como novos-ricos que andam com um maço de notas no bolso da camisa. Nós somos mais, somos melhor do que isto. Vamos proteger o nosso património histórico, cultural, ambiental e de engenharia. Tenho orgulho em ser bracarense, se tenho. Tenho orgulho da nossa história e de toda a cultura que nos rodeia, que se respira desde que se nasce bracarense...

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  5. A "muralha" em rede enferrujada que circunda as Sete Fontes e separa uma das Mães-de-Água das restantes, dividindo o complexo, o que significa?
    Isso é permitido uma vez que o monumento está classificado?

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