Peticionários "Pela Salvaguarda das SETE FONTES"

Este blogue foi criado após o debate "E Depois da Petição?", realizado a 4 de Dezembro de 2010, no Instituto da Juventude, em Braga.
O Movimento de Cidadãos que promoveu a Petição apresentada na Assembleia da República em Maio de 2010, de que resultou uma Recomendação ao Governo tendo em vista a classificação das Sete Fontes bem como a definição da respectiva ZEP em Diário da República, organizou este espaço de divulgação tendo como meta a Salvaguarda do Complexo das SETE FONTES.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

ACOMPANHAMENTO ARQUEOLÓGICO - bastantes dúvidas

Não foi por falta de boa vontade de técnicos especializados e com provas dadas que o acompanhamento arqueológico da obra de acesso ao Novo Hospital  decorreu de um modo insólito, o que poderá ter afectado a salvaguarda do Monumento Nacional. Na verdade a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho elaborou dois importantes documentos relativos ao Complexo das Sete Fontes:
  • um Memorandode Abril de 2009, em que se destacam: a relevância patrimonial do Monumento Nacional; a preocupação relativa às intenções da Câmara Municipal de Braga acerca da bondade do anunciado Parque das Sete Fontes; as necessárias alterações do PDM; a disponibilidade para ser ouvida sobre o assunto;
  • uma Informação, de Novembro de 2010, em que questiona a capacidade da empresa da Arqueologia Omnikos  para realizar o acompanhamento das obras de acesso ao Hospital e se disponibiliza de novo para colaborar no desenvolvimento de quaisquer projectos com incidência no local.
Por sua vez os relatórios da Omniknos parecem omissos em relação a aspectos da obra efectuada (acessos ao hospital, trasladação da Mina Verdosas 2), mas incluem o mapa da nova estrada já construída.
O último mapa apresenta o traçado da tão polémica variante à EN 103, partindo do nó do hospital, e que irá mutilar o Complexo das Sete Fontes!
                         Traçado da variante à EN 103 (estará aprovado pelo IGESPAR?)
Será que o IGESPAR já deu ou vai garantir parecer favorável a essa nova via?
A acção da empresa Omniknos terá contribuído para a salvaguarda do Monumento Nacional?
A Estradas de Portugal IP terá contado com a colaboração da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho?

1 comentário:

  1. Vim só deixar aqui o meu testumunho, pórém antes que digam alguma coisa sou arqueológo e conheço o trabalho da empresa que efectuou o acompanhamento arqueológico atraves dos relatorios publicados. Do que li nos relatórios de progresso apercebi-me do seguinte:

    - A OMNIKNOS sempre foi contra a traslação da Mina das Verdosas 2 tendo inclusivamente solicitado a alteração do projecto e da sua perservação in situ (queiram ler o Relatorio de Caracterização da Situação de Referencia).

    - A OMNIKNOS apenas efectuou o acompanhamento da estrada EN 103 - Acessos ao Hospital de Braga trabalhos esses que não tem nada que ver com a futura variante. Os mapas apresentados pela OMNIKNOS referem-se unicamente aos do acesso ao hosptial. Alias não encontro nenhum mapa com a variante efectuado pela OMNIKNOS.

    Da análise que efectuo aos relatórios da empresa OMNIKNOS vejo que actuaram sempre dentro da legalidade tendo inclusivamente acrescentado importantes dados para o conhecimento local. Senão vejamos:

    - localização precisa das condutas da mina das verdosas 1 e 2.
    - escavações arqueológicas na quinta do areal.
    - tentativa de salvaguarda da mina das verdosas 2 tendo inclusivamente como vimos elaborado um parecer para a perservação in situ da mina das verdosas 2.

    Posto isto e relativamente à Estradas de Portugal. A Estradas de Portugal não é obrigada a contactar a UAUM. No entanto contactou-a indirectamente. Pois como diz acima a informação de Novembro de 2010 decorre de um pedido de informação pedido pela OMNIKNOS enquanto arqueologos contratados pelo EP.

    Agora mudando um bocado mais apara Este. Sabe certamente que o complexo das Sete Fontes não se vira apenas e só para poente, para Este para o Lado da Universidade do Minho ocomplexo também existe. Se existe porque é que a escola de saude não teve acompanhamento arqueologico? Porque é que os movimentos de terras na Escola de Direito não tiveram acompanhamento? Lançou a UAUM algum MEMO? Não me parece e acompanhamento arqueologico não tiveram porque eu denunciei a situação ao IGESPAR. Denuciei ainda o facto do Colegio das Setes Fontes não ter tido acompanhamento arqueológico em 2007/2008. Colegio este, que como vimos no MEMO de 2009 conta com o apooio da UAUM. Mas que apoio é esse que nem num sitio que esta a cerca de 50m da conduta principal os aconselha a ter acompanhamento arqueológico?

    Amigo algo vai podre no Reino da Dinamarca.

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