Peticionários "Pela Salvaguarda das SETE FONTES"

Este blogue foi criado após o debate "E Depois da Petição?", realizado a 4 de Dezembro de 2010, no Instituto da Juventude, em Braga.
O Movimento de Cidadãos que promoveu a Petição apresentada na Assembleia da República em Maio de 2010, de que resultou uma Recomendação ao Governo tendo em vista a classificação das Sete Fontes bem como a definição da respectiva ZEP em Diário da República, organizou este espaço de divulgação tendo como meta a Salvaguarda do Complexo das SETE FONTES.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

COMUNICADO

No passado dia 22 de Abril 2010, foi publicado um artigo no jornal Diário do Minho, com declarações da Directora Regional da Cultura do Norte frisando que «está em permanência a acompanhar o dossier das Sete Fontes» e que, «porque há compromissos urbanísticos assumidos, há que ter em conta que há terrenos comprados que têm direitos assumidos de construção (...)».

Numa reunião promovida posteriormente pelos peticionários, em que estiveram presentes vários técnicos da área do planeamento, entre os quais o ex-vereador do trânsito da Câmara Municipal de Braga, Engenheiro Casais Baptista e após detalhada análise das plantas rodoviárias do concelho de Braga e do ante-projecto da variante de acesso ao futuro Hospital, concluiu-se que a variante à EN 103, prevista para a zona sensível do Monumento Nacional, não constitui uma via estruturante para a cidade de Braga e para o novo Hospital.
A ser construída essa variante, serviria as freguesias bracarenses da zona Nascente e os concelhos da Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho e abriria caminho a mais especulação imobiliária nos terrenos que é suposto atravessar. A actual variante do Fojo foi executada precisamente para dar resposta ao trânsito que se acumulava na EN 103, na zona de Gualtar, pelo que não faz sentido construir uma nova variante a Norte desta freguesia. Para além disto, saiu reforçada desta reunião a ideia de que existem alternativas viáveis ao actual ante-projecto e que será apenas necessário criar uma via de acesso ao Hospital a partir da variante circular de Braga, acesso que termina neste equipamento essencial à cidade, não se desenvolvendo para Norte.
Seria também necessário melhorar os acessos a partir da zona Nascente da cidade de Braga, constatando-se que esta proposta teria muito menos custos para o erário público e causaria menos impacto na zona protegida Sete Fontes.
No final da reunião, o grupo de peticionários foi de opinião que o planeamento urbano sustentável não pode ser estruturado com base em compromissos imobiliários e estes não podem sobrepor-se ao interesse público e ao bem-estar das populações e que a preservação deste Eco-Monumento arquitectónico e arqueológico, rico em Flora, Fauna e Água, tem de ser definitivamente garantido independentemente dos compromissos urbanísticos eventualmente assumidos, ao contrário do que afirmou a Srª Directora Regional da Cultura do Norte.

Em nome da Terra, em nome de Portugal, de Braga e do Património, pedimos que seja garantida a salvaguarda deste imóvel classificado e da zona verde envolvente.

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