Peticionários "Pela Salvaguarda das SETE FONTES"

Este blogue foi criado após o debate "E Depois da Petição?", realizado a 4 de Dezembro de 2010, no Instituto da Juventude, em Braga.
O Movimento de Cidadãos que promoveu a Petição apresentada na Assembleia da República em Maio de 2010, de que resultou uma Recomendação ao Governo tendo em vista a classificação das Sete Fontes bem como a definição da respectiva ZEP em Diário da República, organizou este espaço de divulgação tendo como meta a Salvaguarda do Complexo das SETE FONTES.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

RESPOSTA DA SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA ÀS QUESTÕES MAIS RECENTES ...

E-mail recebido por defensores da causa "SETE FONTES" e colocado no facebook ...

"Exmo(a) Senhor(a)
Sobre o assunto do vosso email do corrente mês, esclareço que a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCNorte) tomou conhecimento, em Janeiro, através do Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga da intenção da AGERE - Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga, EM,  de proceder a uma intervenção na conduta que transporta a água dos reservatórios (modernos) das Sete Fontes para o Bairro da Alegria, e que atravessa perpendicularmente o vale em que se implantam as Sete Fontes de S. Vítor.
Trata-se de uma conduta em betão, construída na década de 90 e que integra o sistema moderno de abastecimento de água à cidade de Braga. Embora atravesse perpendicularmente o vale das Sete Fontes, não está relacionada com o sistema antigo, nem colide com ele.
A justificação para a intervenção na conduta, através da colocação de uma válvula em área abrangida pelo perímetro classificado e de outras intervenções a jusante, próximo da zona em que está em construção o acesso ao novo Hospital de Braga, já fora da zona especial de protecção do monumento, residia na construção do novo Hospital e dos seus acessos e na necessidade de adequar a conduta à nova estrada e assegurar o fornecimento de água ao Hospital.
Tratando-se embora de intervenções em áreas já totalmente remexidas pela construção da referida conduta nos anos 90, foi solicitado ao Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga que assegurasse o acompanhamento dos trabalhos. Refira-se, finalmente, que a manilha de betão que se encontra, provisoriamente, colocada junto à nova válvula será substituída por uma solução que, não ficando aparente, não interferirá com o monumento classificado.
Mais se informa que, no âmbito da construção do acesso rodoviário ao novo Hospital de Braga, foram detectadas duas estruturas de condução de águas - Mina das Verdosas 1 e 2.
Contrariamente ao noticiado em órgãos de comunicação social, que veiculam informação de uma auto denominada associação de defesa do património, trata-se de estruturas que não pertencem ao sistema hidráulico das Sete Fontes de S. Vítor, e que, portanto, não se encontram classificadas e cujos troços agora em causa se localizam fora da Zona Especial de Protecção das referidas "Sete Fontes", como aliás acontece com a totalidade do traçado do novo acesso rodoviário ao novo hospital de Braga.
Verificando-se que parte do traçado das duas minas coincide com o traçado do novo acesso rodoviário, foi determinado pelo IGESPAR/DRCNorte, em colaboração com o Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga e com a equipa de arqueologia que acompanha a obra, que a mina 1 das Verdosas seria conservada integralmente, após escavação, registo e conservação da parte da conduta que vai ficar sob o aterro da estrada, mantendo-se em funcionamento a abdução da água da mina.
Assim, a boca da mina 2 das Verdosas ficaria sob o aterro da estrada, pelo que foi decidido prolongar o canal e trasladar a boca da mina para a base do aterro, mantendo-a em funcionamento.
Todo o processo de construção do acesso rodoviário ao novo Hospital de Braga, embora situado fora da Zona Especial de Protecção, tem vindo a ser objecto de acompanhamento sistemático por parte de uma equipa de arqueologia, devidamente autorizada para o efeito e tem tido a monitorização das entidades da tutela, nomeadamente o IGESPAR e a Direcção Regional de Cultura do Norte, através de diversas reuniões realizadas no local.

Esperando encontrarem-se cabalmente esclarecidas as dúvidas suscitadas, apresento os meus cumprimentos.

Pinho Lopes
_____________________________________

Luís de Pinho Lopes
Chefe do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura
Palácio Nacional da Ajuda
1300-018 Lisboa"

3 comentários:

  1. A manilha de betão vai ser ou não RETIRADA NA TOTALIDADE da área de Protecção do Complexo? Isso é que é importante ... afastar a manilha da protecção dos 50m.
    No esclarecimento do Chefe de Gabinete, quando diz "será substituída por uma solução que, não ficando aparente, não interferirá com o monumento classificado" estarão a pensar tapar a manilha e a válvula, para que não fique "aparente"! Se continuar lá continuará a transgredir a Lei ...

    ResponderEliminar
  2. Uma rectificação à informação que é referida no email da Secretaria de Estado da Cultura sobre as Minas das Verdosas.

    As Minas das Verdosas 1 e 2 FAZEM PARTE do Sistema Hidráulico das Sete Fontes.
    O seu traçado e localização não foi incluído na classificação, por desconhecimento do técnico que fez o levantamento cartográfico do complexo, no âmbito do processo de classificação. A Junta de Freguesia de S. Victor de imediato alertou para a omissão e solicitou a rectificação junto da entidade responsável pelo processo de classificação.
    Perante este facto, não é correcto dizer que “no âmbito da construção do acesso rodoviário ao novo Hospital de Braga, foram detectadas duas estruturas de condução de águas - Mina das Verdosas 1 e 2.”

    Só não sabia quem não queria…

    ResponderEliminar
  3. "Mais se informa que, no âmbito da construção do acesso rodoviário ao novo Hospital de Braga, foram detectadas duas estruturas de condução de águas - Mina das Verdosas 1 e 2.
    Contrariamente ao noticiado em órgãos de comunicação social, que veiculam informação de uma auto denominada associação de defesa do património, trata-se de estruturas que não pertencem ao sistema hidráulico das Sete Fontes de S. Vítor, e que, portanto, não se encontram classificadas e cujos troços agora em causa se localizam fora da Zona Especial de Protecção das referidas "Sete Fontes", como aliás acontece com a totalidade do traçado do novo acesso rodoviário ao novo hospital de Braga."

    Foram detectadas duas minas, agora?
    (Será que alguém pensa que: descobriu de novo a pólvora)
    Não estão integradas no Complexo?
    Pois não! Mas alguém me explica porque é que não foram integradas no Complexo das Sete Fontes no tempo em que foram alertados pela primeira vez para o facto?
    Não terá havido negligência por parte de ninguém?
    Ou foi um "esquecimento" intencional?
    Tantas dúvidas que gostaria de ver esclarecidas.
    Por favor dêem-nos actos! Basta de palavras mesmo sejam bem intencionadas.

    ResponderEliminar