E-mail recebido por defensores da causa "SETE FONTES" e colocado no facebook ...
"Exmo(a) Senhor(a)
Sobre o assunto do vosso email do corrente mês, esclareço que a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCNorte) tomou conhecimento, em Janeiro, através do Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga da intenção da AGERE - Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga, EM, de proceder a uma intervenção na conduta que transporta a água dos reservatórios (modernos) das Sete Fontes para o Bairro da Alegria, e que atravessa perpendicularmente o vale em que se implantam as Sete Fontes de S. Vítor.
Trata-se de uma conduta em betão, construída na década de 90 e que integra o sistema moderno de abastecimento de água à cidade de Braga. Embora atravesse perpendicularmente o vale das Sete Fontes, não está relacionada com o sistema antigo, nem colide com ele.
A justificação para a intervenção na conduta, através da colocação de uma válvula em área abrangida pelo perímetro classificado e de outras intervenções a jusante, próximo da zona em que está em construção o acesso ao novo Hospital de Braga, já fora da zona especial de protecção do monumento, residia na construção do novo Hospital e dos seus acessos e na necessidade de adequar a conduta à nova estrada e assegurar o fornecimento de água ao Hospital.
Tratando-se embora de intervenções em áreas já totalmente remexidas pela construção da referida conduta nos anos 90, foi solicitado ao Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga que assegurasse o acompanhamento dos trabalhos. Refira-se, finalmente, que a manilha de betão que se encontra, provisoriamente, colocada junto à nova válvula será substituída por uma solução que, não ficando aparente, não interferirá com o monumento classificado.
Mais se informa que, no âmbito da construção do acesso rodoviário ao novo Hospital de Braga, foram detectadas duas estruturas de condução de águas - Mina das Verdosas 1 e 2.
Contrariamente ao noticiado em órgãos de comunicação social, que veiculam informação de uma auto denominada associação de defesa do património, trata-se de estruturas que não pertencem ao sistema hidráulico das Sete Fontes de S. Vítor, e que, portanto, não se encontram classificadas e cujos troços agora em causa se localizam fora da Zona Especial de Protecção das referidas "Sete Fontes", como aliás acontece com a totalidade do traçado do novo acesso rodoviário ao novo hospital de Braga.
Verificando-se que parte do traçado das duas minas coincide com o traçado do novo acesso rodoviário, foi determinado pelo IGESPAR/DRCNorte, em colaboração com o Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga e com a equipa de arqueologia que acompanha a obra, que a mina 1 das Verdosas seria conservada integralmente, após escavação, registo e conservação da parte da conduta que vai ficar sob o aterro da estrada, mantendo-se em funcionamento a abdução da água da mina.
Assim, a boca da mina 2 das Verdosas ficaria sob o aterro da estrada, pelo que foi decidido prolongar o canal e trasladar a boca da mina para a base do aterro, mantendo-a em funcionamento.
Todo o processo de construção do acesso rodoviário ao novo Hospital de Braga, embora situado fora da Zona Especial de Protecção, tem vindo a ser objecto de acompanhamento sistemático por parte de uma equipa de arqueologia, devidamente autorizada para o efeito e tem tido a monitorização das entidades da tutela, nomeadamente o IGESPAR e a Direcção Regional de Cultura do Norte, através de diversas reuniões realizadas no local.
Esperando encontrarem-se cabalmente esclarecidas as dúvidas suscitadas, apresento os meus cumprimentos.
Pinho Lopes
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Luís de Pinho Lopes
Chefe do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura
Palácio Nacional da Ajuda
1300-018 Lisboa"
A manilha de betão vai ser ou não RETIRADA NA TOTALIDADE da área de Protecção do Complexo? Isso é que é importante ... afastar a manilha da protecção dos 50m.
ResponderEliminarNo esclarecimento do Chefe de Gabinete, quando diz "será substituída por uma solução que, não ficando aparente, não interferirá com o monumento classificado" estarão a pensar tapar a manilha e a válvula, para que não fique "aparente"! Se continuar lá continuará a transgredir a Lei ...
Uma rectificação à informação que é referida no email da Secretaria de Estado da Cultura sobre as Minas das Verdosas.
ResponderEliminarAs Minas das Verdosas 1 e 2 FAZEM PARTE do Sistema Hidráulico das Sete Fontes.
O seu traçado e localização não foi incluído na classificação, por desconhecimento do técnico que fez o levantamento cartográfico do complexo, no âmbito do processo de classificação. A Junta de Freguesia de S. Victor de imediato alertou para a omissão e solicitou a rectificação junto da entidade responsável pelo processo de classificação.
Perante este facto, não é correcto dizer que “no âmbito da construção do acesso rodoviário ao novo Hospital de Braga, foram detectadas duas estruturas de condução de águas - Mina das Verdosas 1 e 2.”
Só não sabia quem não queria…
"Mais se informa que, no âmbito da construção do acesso rodoviário ao novo Hospital de Braga, foram detectadas duas estruturas de condução de águas - Mina das Verdosas 1 e 2.
ResponderEliminarContrariamente ao noticiado em órgãos de comunicação social, que veiculam informação de uma auto denominada associação de defesa do património, trata-se de estruturas que não pertencem ao sistema hidráulico das Sete Fontes de S. Vítor, e que, portanto, não se encontram classificadas e cujos troços agora em causa se localizam fora da Zona Especial de Protecção das referidas "Sete Fontes", como aliás acontece com a totalidade do traçado do novo acesso rodoviário ao novo hospital de Braga."
Foram detectadas duas minas, agora?
(Será que alguém pensa que: descobriu de novo a pólvora)
Não estão integradas no Complexo?
Pois não! Mas alguém me explica porque é que não foram integradas no Complexo das Sete Fontes no tempo em que foram alertados pela primeira vez para o facto?
Não terá havido negligência por parte de ninguém?
Ou foi um "esquecimento" intencional?
Tantas dúvidas que gostaria de ver esclarecidas.
Por favor dêem-nos actos! Basta de palavras mesmo sejam bem intencionadas.